domingo, dezembro 13, 2009


Quem quer casar com a Dona Baratinha,
Que tem fita no cabelo e dinheiro da caixinha?
É carinhosa e quem com ela se casar
Terá doces todo dia no almoço e no jantar.
Passem, passem, cavalheiros,
Passem todos devagar
O mais belo com certeza
Minha mão irá ganhar...

Com essa singela canção, aparentemente inocente, dava-se início à história da Dona Baratinha. A música bem dava para enganar os desprevenidos (como eu, que na época era tão inocente...).
No decorrer da história, entretanto, a verdade seria revelada. Dona Baratinha, longe de querer verdadeiramente ser a esposa dedicada e fiel a seu futuro esposo, vai revelando sua verdadeira face.
Para quem não conhece a história, um pequeno resumo, confiado única e exclusivamente à minha memória: Depois de escolher a dedo aquele que seria seu esposo entre vários cavalheiros que passaram, Dona Baratinha resolve então se casar com o felizardo Dom João Ratão. Organiza a festa com todas as pompas, reunindo, provavelmente, toda a alta sociedade. Na festa seria servido um fabuloso feijão, iguaria que deixa o pretendente fora de si. Sem conseguir conter-se, D. João Ratão, tentando provar antes da hora um pouco daquilo, cai no caldeirão, dentro do feijão. Devido a esse - embora grotesco - pequeno incidente, Dona Baratinha decide que não vai haver mais casamento. Anuncia, então, com trejeitos de choro na voz, a frase que tornou-se célebre: "O casamento não se realizará; mas a festa tem que continuar".
Sigo então com minha tese, baseada essencialmente em três pontos da história:
  1. É Dona Baratinha quem escolhe com quem quer se casar, assim como quem escolhe uma roupa na loja. Os pretendentes não têm vontade própria, apenas se sujeitam a tudo, praticamente rastejando aos pés de Baratinha para que ela os escolha. Ora, que é isso senão um feminismo roxo chegando aos ouvidos de crianças inocentes?
  2. Sem mais, ela decide que o casamento não vai mais acontecer, por um simples deslize cometido pelo D. João Ratão. Será que pediria o divórcio caso ele caísse dentro da panela de feijão um dia depois do casamento?
  3. A festa é mais importante que qualquer outra coisa. Se o casamento não vai acontecer, seria normal esperar dela ao menos que ficasse um pouco sentida pela situação e, não havendo mais motivos para celebrar nada, explicasse isso a seus convidados, que certamente compreenderiam sua posição. Mas, não! Então, quer dizer, o que significava aquele momento para ela? Nada! Ela havia escolhido o noivo como quem escolhe um sapato novo, e faria uma festa por isso. Se perdeu o sapatao, tudo bem, quem se importa? a festa tem que continuar...

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segunda-feira, março 13, 2006

Brincadeiras do Patrão - Parte 7 e final

Sétima e última parte, porque nem eu agüento mais essa ladainha.
Essa brincadeira é realmente muito divertida. Imitada até hoje em programas de auditório menos cotados.
Um pobre coitado confinado em uma gabine, usando fones de ouvido imensos (provalvelmente tocando Sidney Magal, Odair José, Amado Batista...), vendo apenas à sua frente uma lâmpada vermelha. A lâmpada se acende, e o sujeito tem apenas que dizer "SIIIIIIIM!", ou "NÃÃÃÃÃO!" a cada vez que isso acontece.
E o Patrão perguntando... quer trocar isso por aquilo?, aquilo por aquilo outro?, o que resultava em diálogos mais ou menos assim:
- Quer trocar esse par de tênis por um sofá?
- SIIIIIIM!!!
- Quer trocar esse sofá por uma casa mobiliada?
- NÃÃÃÃÃO!!!
- Quer trocar esse sofá por uma viagem com acompanhante?
- NÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!
- Quer trocar esse sofá por uma peruca da Elke Maravilha??!
- SIIIIIIIIIIMMM!!!...
Ah, aquele povo sofria...

domingo, março 12, 2006

Brincadeiras do Patrão - Parte 6

Talvez o melhor das brincadeiras do Patrão seja sempre um ar assim de coisa artesanal ou mesmo de improviso.
Uma das mais famosas consistia em um pedaço de madeira com três pregos apenas parcialmente pregados nela. Cada mulher que participava escolhia um prego que não tivesse ainda sido martelado e tinha direito a dar três marteladas para deixá-lo totalmente "pregado", até o fim.
Acho que o negócio era mais jeito do que força, pois tinha gente de precisava de apenas uma martelada para conseguir. Já outras... faltavam rachar a madeira ao meio e nem passavam com o martelo perto do prego.
Por fim... geralmente o Patrão dava uma "canja" e ensaiava também suas marteladas, mostrando, para suas colegas de auditório, como era fácil aquilo.

sábado, março 11, 2006

Brincadeiras do patrão - Parte 5

Essa brincadeira é mais atual, não é dos tempos áureos de quando eu assistia Topa Tudo por Dinheiro nem Qual é a Música na casa da minha avó. Mas para mim é um clássico, e a prova de que o Patrão é um cara que sabe mesmo se divertir no trabalho.
Consiste em uma esteira e, logo acima dela, um sino, o qual a voluntária tem que tocar enquanto tenta permanecer de pé em cima da esteira. Tudo bem, parece não ter graça nenhuma, mas quem já viu a brincadeira sabe do que estou falando. O Liminha e um outro assistente de palco menos cotado, um em cada lado da esteira, puxando-a para um lado e para outro - o que torna a cena pitoresca e dá um quê de improviso na coisa toda. Enquanto isso, a pobre mulher tentando se equilibrar sobre a esteira ao mesmo tempo em que se concentra em levantar a mão e tocar o tal sino. E o Patrão às gargalhadas, perdendo o fôlego de tanto rir.

sexta-feira, março 10, 2006

Brincadeiras do Patrão - Parte 4

Tinha uma brincadeira que era ótima.
Eram três tubos dispostos em uma mesa, e a pessoa tinha que escolher um deles e colocar a mão dentro. Não me lembro exatamente o que tinha que ser encontrado para que se ganhasse a brincadeira - não sei se o dinheiro já estava lá dentro, ou se era algum objeto específico que representava que a pessoa tinha ganhado.
Na verdade, o que mais era divertido na brincadeira era justamente os tubos não premiados. As mulheres colocavam a mão dentro do tubo e, ao tocar em algo que ninguém sabia o que era, tiravam-na imediatamente com expressões de pavor no rosto, na maioria das vezes. Eu nunca descobri o que era de tão terrível que havia naqueles tubos... alguém sabe?

quinta-feira, março 09, 2006

Brincadeiras do Patrão - Parte 3

Escorregar com uma bandeja de copos.
Não sei se tinha um nome essa brincadeira, mas consistia em uma série de voluntárias selecionadas entre as caravanas, que, uma a uma, tendo nas mãos uma bandeja com copos cheios de um líquido vermelho, desciam em um escorregador montado no meio do palco... E ganhava quem derramasse menos.
Bom era que o tal escorregador parecia ser projetado para que, ao chegar no meio da descida, as pernas da pessoa fossem arremessadas para cima, fazendo qualquer um perder totalmente o equilíbrio. Mas incrivelmente tinha umas mulheres lá que desciam sem derramar nada.

quarta-feira, março 08, 2006

Brincadeiras do patrão - Parte 2

Xampu de ovo.
A participante tinha que escolher um dos ovos que estavam lá numa cestinha, tentando adivinhar qual estava vazio. O Patrão pegava o escolhido e quebrava na cabeça da mulher! Se ele estivesse realmente oco, a pessoa ganhava. Se estivesse cheio, ganhava mesmo só o xampu.