Spectreman
Esse deve ser um dos programas mais antigos que me recordo de ter assistido. Era uma das atrações do programa do
Bozo.
E começava mais ou menos assim:
Planeta: Terra. Cidade: Tóquio. Como todas grandes metrópoles do planeta, Tóquio se acha hoje em desvantagem em sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. E apesar dos esforços de todo o mundo, pode chegar um dia em que a terra, o ar e as águas venham a se tornar letais para toda e qualquer forma de vida. Quem poderá intervir? SPECTREMAN!!!"Os monstros que o herói enfrentava eram toscos; era possível perceber claramente que eles em geral ou eram uma pessoa fantasiada ou não tinham articulações no corpo (veja essas
fotos). Os vilões (Dr. Gori e companhia) eram homens-macaco que falavam sem mexer a boca. Para dar mais "emoção" (e prá ajudar a criançada a saber quem estava falando), eles mexiam freneticamente as mãos e braços ao falar qualquer coisa. Do Spectreman em si, eu me lembro que tinha um lance de uma luzinha vermelha na testa dele, que quando acendia acontecia uma coisa, e quando piscava acontecia outra, e isso estava relacionado com a força dele, e com ele estar grande ou pequeno.
Hoje observo surpreso que, das duas uma: ou o Spectreman se adaptava ao tamanho do mostro a ser combatido, ou havia um "tamanho padrão" para os monstros criados pelo Dr. Gori. Isso acontece também em todos os outros seriados japoneses e americanos da mesma linha criados posteriormente.
No mais... posso dizer apenas:
Diversão garantida!
Bate-Volta
Lembro-me de que eu tinha um fusquinha bate-volta.
Um fusca da polícia, preto, com detalhes cromados (pára-choques, frisos e rodas), e uma lâmpada vermelha em cima.
Nunca fui muito fã de brinquedos que brincavam sozinhos, mas sempre gostei muito desse fusca. Durou muito tempo, mas não sei que fim ele levou. Será que ainda existe?
Ele fazia parte de uma coleção de fuscas. Se não me engano, além desse havia o dos bombeiros e... bem, eu ia dizer uma
ambulância. Mas devo realmente estar enganado; senão, coitado de quem fosse atendido. Fusca ambulância é demais... Então, se alguém souber quais eram os componentes da coleção, me diga.
Diversão garantida!
Pogobol
Pogo, Pogo, Pogo-bol!... Pogo-bol!... Ainda me lembro da música da propaganda, que mostrava a molecada pulando em todos os lugares com seus pogobóis (?) laranja-amarelos e verde-roxos.
Eu tinha um. O meu era o clássico amarelo-laranja igual ao da foto aí do lado. Tem gente* que diz que era um brinquedo para quem não gostava de video game. Bem, há controvérsias. Eu gostava de video game e também gostava de puxar carrinho de plástico, amarrado com barbante, na rua. E de andar de bicicleta ainda que fosse - como na maioria das vezes - na garagem de casa, em círculos. E gostava também do tal do Pogobol.
Um brinquedo um tanto quanto traiçoeiro para os pogoboleiros de primeira viagem. Ele dava a impressão de que era difícil se equilibrar em cima dele. As primeiras tentativas de brincar com ele revelavam que a dificuldade maior estaria em
subir no bichinho, e então imaginava-se que uma vez em cima, era se manter pulando e o resto era só alegria. Ledo engano. Pois quem já pulou de Pogobol e nunca teve
bolhas nos tornozelos por causa dele que atire a primeira pedra (mas não vá quebrar o monitor).
Nada que um par de meias e um All-star de cano longo não resolvessem.
Diversão garantida!
*Post sugerido pelo meu caro amigo Diego, que diz que nunca brincou de Pogobol porque isso era coisa de quem não gostava de video game.
Pau!
O contexto é o programa do Bozo.
Então alguém liga lá para poder participar de um jogo. Eu não me lembro no nome do jogo, mas era um jogo de tiro. Para poder atirar, a criança do outro lado da linha tinha que gritar
pow!. Cada
pow! era um tiro. E a pronúncia abrasileirada do
pow! fazia ele virar
pau!.
E nem sempre a coisa respondia como se esperava. Ou seja, o menino gritava e um tempinho depois o tiro saía. E o alvo já estava fora da mira. E aí ele gritava de novo, e demorava de novo, e o alvo se perdia de novo.
Por causa disso, na maioria das vezes, para facilitar a coisa, o jogo resumia-se em longos segundos de:
pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau! pau!...Diversão garantida!
Atari com Freeway
Então o videogame da minha época de criança mesmo era o Atari.
A preocupação com os famosos bits surgiram bem depois (O Master System e o Nintendinho eram 8 bits, o Mega Drive e o SNES eram 16). Na era Atari (VG 2600), o que importava era se o jogo era bom ou não. Se dava pra jogar a tarde inteira ou se só uma vez já enjoava. Porque não havia locadora, tínhamos que comprar os jogos. E quem vai comprar um jogo enjoativo? Por incrível que pareça, não me lembro de ao menos 1 jogo enjoativo. Tive jogos onde o cenário não variava nem de cor, e que joguei anos a fio. Os jogos eram - e ainda são - realmente divertidos.
Algo pitoresco aconteceu quando ganhamos um Atari aqui em casa. Até onde sabia, todos os Ataris do mundo vinham com a fita do Enduro. E a fita que veio no nosso... foi a do Freeway! Um dos jogos mais emocionantes e movimentados de todos os tempos. Depois tivemos que comprar a fita do Enduro.
Mas a emoção de estrear o Atari jogando Freeway foi inesquecível.
No fim, era uma das fitas que fazia mais sucesso, pois quase ninguém conhecia e todos os primos queriam dar pelo menos uma jogadinha. Era um dos poucos sucessos também entre o público feminino em geral. Para se ter uma idéia, até minha mãe já jogou Freeway, e foi o único jogo de videogame que ela já jogou em sua vida.
Diversão garantida!